Amados leitores, há crentes com um buraco no bolso por onde foge todo o seu dinheiro e outro no coração, por onde escoa a vida espiritual e a alegria de viver. A situação é crônica: ontem foi a despesa com a farmácia, hoje é o reparo da casa, amanhã será o do carro, depois o encontro com o "trombadinha", o investimento desastroso e assim o dinheiro se evapora e alimenta falsas esperanças: "quem sabe mês que vem vai sobrar algum"
Gostaria de abordar o tema: O DÍZIMO DO SENHOR
A resposta está em Malaquias 3.8-10: "Roubará o homem a Deus? Todavia vós me roubais nos dízimos e nas ofertas alçadas. Com maldições sois amaldiçoados, porque me roubais..."
Encaremos esta triste realidade, crente que não entrega seu dízimo com fidelidade é crente que rouba a Deus, não sendo de admirar que haja maldição sobre sua vida.
Esclareçamos que o dízimo é propriedade do Senhor, pelo que nossa obrigação é devolvê-lo. Não podemos dar o que não nos pertence. Não damos dinheiro ao governo, pagamos impostos. Não damos dinheiro ao padeiro, pagamos o pão. Não damos dinheiro aos nossos credores, pagamos nossas dívidas.
Podemos realmente dar alguma coisa a Deus? "Mas quem sou eu, e quem é o meu povo, que pudessemos dar voluntariamente estas coisas? Tudo vem de ti, e somente devolvemos o que veio de suas mãos "( Crônicas 29.14).
Havendo sonegação do dízimo, Deus não deixa sobrar.
O que é o dízimo?
É uma tradução de palavras hebraicas e gregas que significam a décima parte (Ma'aser e deka). Era uma contribuição que o povo de Deus entregava para o sustento dos sacerdotes, levitas do rei e culto.
Hoje o dízimo é a contribuição do fiel para manutenção da Igreja, conforme Malaquias 3.10.
Por que a décima Parte?
A razão desta contribuição ser a décima parte da produção do ofertante certamente está no fato de que o sistema decimal era muito conhecido pelos povos da antiguidade, desde que aprenderam a usar os dez dedos das mãos para calcular.
Muitas pessoas pensam que o dízimo é coisa, somente, da Bíblia. Na realidade não é. A literatura extra-bíblica indica que a sua prática era comum a muitos outros povos de culturas diferentes. Babilônicos, persas, etruscos, gregos, fenícios, lídios e entre outros, eram povos que tinham essa prática na sua cultura. Os meios usados para homenagear os deuses sempre foram idênticos e oferecer-lhes presentes era uma espécie de retribuição.
Certamente a décima parte foi instituída como valor básico da oferenda por ter sido considerada como o mínimo que agradaria a Deus sem sacrificar o ofertante.
O Dízimo no Antigo Testamento
Deus outorgou as leis do Antigo Testamento com o objetivo duplo de mostrar a corrupção geral da humanidade e a soberania do Senhor sobre o universo, de modo especial sobre o seu povo escolhido. As leis visavam o bom relacionamento do homem com Deus, homem com homem e homem consigo mesmo. Cobriam todas as áreas da vida humana, as que diziam respeito ao dízimo objetivavam regulamentar a mordomia dos bens materiais.
Em Levítico 27.30-32 temos " O dízimo será santo do Senhor".
No entanto 400 anos antes da promulgação da lei, Abraão entregou o dízimo a Melquisedeque, rei de Salém, e sacerdote do Deus Altíssimo; o neto de Abraão, Jacó, reconheceu a existência do princípio moral do dízimo e fez um voto em Betel.
Não é possível, portanto, que alguém diga que o dízmo é cláusula da Lei de Móises, e que pelo fato de não estarmos sob a lei, mas sob a graça estamos isentos do dízimo.
O Dízimo no Novo Testamento
O Antigo Testamento exigia do judeu que contribuísse com dez por cento para a casa de Deus e o Novo Testamento? Limita-se a dez por cento também?
Examinemos Mateus 23.23 " Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Dais o dízimo da hortelã, do endro e do caminho, mas negligenciais o mais importante da lei, a justiça, a misericórdia e a fé. Devieis, porém fazer estas coisas, sem omitir aquelas"
A ordem de Cristo aqui é para que observemos a justiça, a misericórdia e a fé, não nos esquecendo de dizimar até mesmo as coisas pequeninas. Desta maneira, Jesus confirma o dízimos instituído no Antigo Testamento.
A regra áurea do Novo Testamento em relação ao dízimo é que os cristãos devem dar tudo o que tiverem e tudo o que são em sacrifício espiritual. O dízimo não foi eliminado nos seus ensinamentos.
O sentido do dízimo é ser ele um reconhecimento de que tudo que temos vem de Deus, portanto, devemos retribuir uma parte para ser usada no seu serviço.
O dízimo é benção do Senhor para nossas vidas, além de Deus não deixar o espírito devorador atuar, Ele nos abre as janelas dos céus e derrama sobre nós tamanha benção recalcada, sacudida e transbordante.
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